O nível dos rios está bem baixo, a terra ressequida e rachada, pronta para partir-se às primeiras chuvas e ser arrastada pelas torrentes.
Onde outrora havia mata atlântica hoje existem pastos ou plantações de cana-de-açúcar. Sobre a terra uma espessa camada de poeira e fuligem obscurece o azul do céu.
E muita. muita queimada. ( o biscoito salgado que reflete no vidro da janela é alimento essencial, em viagem, alguém já deve ter visto em alguma outra foto...Parece merchandising )
O fogo não poupa o pouco de vegetação existente nem áreas de reflorestamento por eucaliptos
Seca e fogo
Apenas poucos metros em torno dos açudes ou rios está verde
A poeira eleva-se mesmo quando os veículos transitam em velocidades minimas.
Onde deveria haver matas ou pelo menos o verde dos pastos o que se vê são castanhos ressequidos, ou a própria terra em vermelhos que se expõe entre os talos secos da vegetação
Poeira e fumaça. Como não gosto de ar condicionado, viajo de vidros abertos. Em poucas horas as mãos ao volante ficam encardidas, as unhas negras, os cabelos endurecidos.
Mas sempre, sempre mesmo, vi o fogo ao longe com cinzas e carvão à beira da rodovia.
Mas em estradas de terra, e percorri muitas e muitos kilômetros não vi queimadas, apenas a seca e poeira castigando a vegetação. O pó eleva-se até as copas das arvores, que ficam com o verde oculto na poeira acumulada.
Tambem nas belíssimas montanhas da região de Nova Friburgo, área de muitas nascentes, o fogo destruiu a vegetação e consequentemente todo o ecossistema.
Certamente ações do homem. Muitas vezes a irresponsabilidade de , apenas displicentemente, arremessar pela janela do veículo pontas acesas dos cigarros. Isso explica porque o fogo surge das rodovias. Não há de ser o calor do asfalto que produz fagulhas...
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