Em Viçosa sob um esplendido céu azul, um ar seco que incomodava as narinas ao ser inspirado. Na estrada, na ida como na volta, no entorno uma paisagem ressequida pelo clima, pela seca, pela época do ano, quando muitas árvores perdem suas folhas ficando pendentes apenas as grandes bagas de sementes, acastanhadas, como os troncos e o pasto seco. Alternados até onde a vista alcança, com o movimento veloz do carro nas rodovias, com imensas áreas enegrecidas pela fuligem deixada pelas recentes queimadas. De verde, as paisagens se tornaram em tons castanhos, acastanhado e preto: antevisão/visão dos tempos de catástrofes climáticas? Amostra não grátis - pagamos e pagaremos preço alto sobre isso.
Não digo visão do fim-do-mundo, terra queimada, mundo em chamas, não é o fim, irá arder muito e muito tempo antes do fim.
O sol, antes do poente já irradiava em vermelhos seu calor. O céu, de azul se tornara acinzetado, o ar ficara espesso. O perfume era de fumaça, de mato queimado.
Há muito não chove.
Sem ar. Sem água. Aos poucos, para prolongar a agonia, porém rápido o bastante para ser percebido.
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